Não, os bebês não devem comer farinha láctea e nós vamos explicar o porquê. Mas antes de mais nada vale ressaltar que a própria Nestlé indica a sua farinha láctea para crianças maiores de 3 anos.
Portanto, se você está pensando em oferecê-la na introdução alimentar, primeiro converse com o Pediatra. Isso porque há alguns anos os engrossantes do tipo Mucilon, Neston e Farinha Láctea não são indicados para bebês pequenos.
Para entender quais os malefícios da farinha láctea para bebês, continue lendo este artigo.
O que tem na farinha láctea?
A farinha láctea é um produto alimentar que consiste principalmente em uma mistura de farinha de trigo e leite em pó. A essa combinação são adicionadas vitaminas e minerais, além de açúcar, sal e aromatizantes.
Por conter ferro, cálcio e vitaminas, pode até parecer saudável para o bebê. Mas a verdade é que existem fontes muito melhores destes nutrientes para incluir na introdução alimentar. Então sempre será mais saudável ingerir frutas, legumes e outros alimentos naturais.
Quais os malefícios da farinha láctea?
Apesar da fórmula conter vitaminas e minerais, a farinha láctea é composta principalmente de farinha e açúcar, o que empobrece muito a alimentação da criança.
Inclusive a recomendação da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) é que o açúcar só entre na alimentação da criança após os 2 anos e com moderação. Afinal, alimentos doces podem viciar o paladar da criança e prejudicar a aceitação de alimentos mais saudáveis como frutas e legumes.
Além disso, prefira sempre oferecer alimentos naturais e evitar industrializados desde o início, promovendo bons hábitos alimentares desde a introdução alimentar.
A partir de que idade oferecer farinha láctea?
Segundo a Nestlé, a farinha láctea da marca é indicada para crianças a partir dos 3 anos. Mas de qualquer forma, este alimento não deve ser oferecido como rotina e, preferencialmente, junto com frutas.
Antes disso, para bebês a partir dos 6 meses, preocupe-se em desenvolver o paladar da criança e proporcionar uma boa relação com a comida. Faça isso oferecendo uma boa variedade de frutas e legumes, mude a forma de preparo e respeite o tempo do bebê.
Dessa forma você não precisará se preocupar em incluir engrossantes e vitaminas industrializadas para incrementar as refeições. Mas na dúvida, sempre converse com o Pediatra e, se possível, faça acompanhamento com Nutricionista Materno-Infantil.
Como substituir a farinha láctea?
Se você já oferece farinha láctea ao bebê não se desespere. Procure diminuir aos poucos, substituindo por um mingau de aveia, por exemplo.
A aveia é um alimento natural e saudável que pode entrar na alimentação do bebê na introdução alimentar em preparos ou em forma de mingau. O mingau pode ser feito com leite materno ou com água, fervendo e mexendo até engrossar.
Porém, vale lembrar que este lanche também não deve ser oferecido como rotina, pois o bebê precisa explorar e conhecer outras texturas e sabores. Portanto, você pode oferecer o mingau e intercalar com frutas e outros alimentos próprios para a idade.
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Conclusão
Por fim, concluímos que a farinha láctea não é um alimento saudável para bebês na introdução alimentar, Porém ela pode entrar na alimentação da criança a partir dos 3 anos, mas sempre intercalando com frutas e outros alimentos saudáveis.
Na rotina alimentar de bebês pequenos, procure oferecer alimentos in natura, variando sabores e texturas para que a criança desenvolva uma boa relação com a comida.
Nunca utilize engrossantes com intenção de fazer o bebê engordar. Mais importante do que isso é ajudá-lo a desenvolver o paladar e dar oportunidade para que a criança conheça diferentes alimentos saudáveis.
E nunca esqueça de manter as consultas com o pediatra em dia, assim você ficará tranquila com o peso, crescimento e desenvolvimento do bebê.