Meu filho não quer comer frutas, o que fazer?

No topo das maiores preocupações entre pais e mães está sempre a maneira como a criança se alimenta. Tem as que comem pouco, as que são seletivas demais e aquelas crianças que não comem frutas e verduras de jeito nenhum. Mas como sabemos da importância de incluir esses alimentos diariamente nas refeições, cada rejeição da criança vira um verdadeiro momento de estresse.

Bons hábitos alimentares são construídos ao longo do tempo. Ensinar e dar o exemplo é com certeza o conselho mais ouvido por pais nessa situação. Porém, somente isso pode não funcionar. Aliás, na maioria das vezes não funciona mesmo. Bebês e crianças pequenas são ainda muito imaturos para entender e acatar tudo que ensinamos. É por isso que paciência é o primeiro requisito para ter sucesso na alimentação dos filhos.

Mas neste artigo selecionamos dicas que funcionam muito bem na maioria dos casos e são dicas frequentemente dadas por pediatras e nutricionistas. Quer saber como melhorar a alimentação do seu pequeno? Então vamos lá!

Tópicos deste post:
Como começar do jeito certo
Métodos de introdução alimentar
Papinha
BLW
ParticipAtiva
Como melhorar a alimentação de crianças maiores

Como começar do jeito certo

Se você ainda tem um bebê, entre 6 meses e 2 anos, a solução pode ser um pouco mais fácil. Isso porque nessa fase os bebês ainda estão descobrindo os alimentos e, motivados pela curiosidade, ainda se arriscam a experimentar coisas novas.

Se esse for o seu caso entenda a diferença entre os diferentes métodos de introdução alimentar e saiba se isso pode estar influenciando as preferência do seu filho.

Métodos de introdução alimentar

Existem basicamente 3 abordagens de introdução alimentar, são elas:

Papinha

A mais conhecida e utilizada. Consiste em oferecer alimentos amassados tipo purê ou sopinha. Mistura-se alguns alimentos como por exemplo batata, cenoura, caldo de feijão e carne.

Esse método sempre foi considerado mais seguro e apropriado porque nessa fase os bebês normalmente ainda não possuem dentes e nem sabem mastigar os alimentos. A papinha facilitaria o processo. Porém, a forma de preparo acaba mascarando o verdadeiro sabor e textura dos alimentos, que pode gerar estranheza na criança depois.

BLW

Apesar de mais recente, esse método está cada vez mais popular. Muitos pediatras e nutricionistas já recomendam oferecer alimentos em pedaços, deixando a criança manipular, levar a boca e alimentar-se quase que sozinha, apenas com a supervisão dos pais ou cuidadores.

A sigla BLW significa Baby Led Weaning, que quer dizer “desmame guiado pelo bebê”. A ideia central é proporcionar autonomia e oferecer a comida conforme é consumida pela família (na mesma consistência).

ParticipAtiva

Esse método é derivado do BLW. Como o maior medo dos pais sempre foi em relação ao engasgo quando se oferece alimentos em pedaços, a IA participAtiva vem para incluir no método uma ação maior dos pais para evitar qualquer acidente e também para incentivar maior ingestão de alimento.

Basicamente é deixar o bebê manipular alimentos em pedaços, mas também facilitar a alimentação oferecendo alimentos na colher de forma um pouco mais passiva do que no BLW.

Se seu bebê está recusando a comida que você oferece, experimente mudar o método. Pois talvez seja só a forma como você está conduzindo a alimentação que não está sendo atrativo para o bebê.

Como melhorar a alimentação de crianças maiores

Se seu filho já tem mais de 2 anos você pode ter um pouco mais de trabalho. Mas saiba que a persistência é importante nesses casos.

Listamos algumas perguntas para esclarecer o real motivo de seu filho não estar comendo frutas e verduras como você gostaria. Use-as para refletir.

1) Você oferece frutas e verduras regularmente?

Mesmo que seu filho rejeite o que você oferece, volte a oferecer! Em dias, horários e situações diferentes. Você pode se surpreender quando, de repente, ele aceitar aquele alimento que nunca tinha experimentado. Dê oportunidade sempre!

2) Você rotula seu filho?

Você fala para outras pessoas na frente dele que ele come mal, que não gosta de nada ou que só gosta de determinado alimento? Então seu filho pode estar vendo isso como uma forma de chamar atenção e ser assunto da mamãe na roda de amigas. Evite rotular seu filho!

3) Você oferece alimentos diferentes, com cores, sabores e texturas variados?

Se você oferece sempre banana e mamão nunca vai descobrir se seu filho gosta do sabor azedinho de uma ameixa. Isso de que crianças gostam de sabores docinhos é mito. Cada pessoa tem suas preferências e isso já começa a se manifestar na infância. Portanto ofereça alimentos diferentes!

4) Você prepara os alimentos de maneiras diferentes (cozido, assado, refogado, etc)?

Experimente mudar a forma de preparo dos alimentos que você oferece, afinal a maneira como você cozinha pode mudar a textura e o sabor da comida. Numa dessas você descobre que o problema não era o alimento em si e sim o modo de preparo.

5) Você come esses alimentos regularmente?

Não adianta querer que a criança se alimente de maneira saudável se os pais vivem de fast food. Dar o exemplo é importante, então coma na frente do seu filho o que você gostaria de vê-lo comer. Se você também não gosta dos alimentos saudáveis que oferece a ele, está na hora de rever sua alimentação.

6) Você deixa seu filho participar das compras no supermercado?

Apresentar os alimentos novos e deixar seu filho sugerir e escolher alguma coisa pode incentivá-lo a experimentar algo diferente. Deixe sua criança participar desse momento. Você estará criando uma ótima oportunidade de aprendizado e descoberta para seu filho.

Encare a alimentação do seu filho como uma fase de aprendizado, que pode durar longos anos. Assim como você ensina a andar ou falar, também precisa ensiná-lo a se alimentar. Pode parecer uma fase desafiadora, mas lembre-se de que isso irá determinar a saúde dele pela vida inteira.

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