Bebê pode comer gelatina?

Segundo a nutricionista Karina Peloi, bebês não devem comer gelatina. Ela explica que esse industrializado contém pouquíssima gelatina propriamente dita e muitos açúcares (maltodextrina e dextrose que vemos nos rótulos também são açúcares), além de uma grande quantidade de aditivos químicos e corantes, que estão relacionados a dermatites e até hiperatividade

Entre os 6 meses e os 2 anos o bebê está na fase de introdução alimentar, então definitivamente não é um bom momento para introduzir a gelatina. Afinal durante a introdução alimentar é que são criados os hábitos alimentares que o bebê irá levar para a vida inteira.

Contudo, há pediatras que liberam com algumas restrições a gelatina a partir de 1 ano de idade, mas a recomendação oficial é de que esse e outros doces sejam ofertados – com moderação – somente a partir dos 2 anos3. Continue lendo para entender.

Gelatina é saudável?

É difícil desconstruir a imagem de alimento saudável que a gelatina carrega há anos. Até mesmo hospitais servem gelatina aos pacientes em recuperação. E toda mãe que é contra a gelatina sabe que esse é um argumento muito utilizado por quem acredita que bebê pode comer gelatina.

Segundo esta reportagem da Veja, a gelatina é indicada pelos médicos por ser de fácil digestão e conter açúcar e proteínas, necessárias para pacientes em recuperação. Contudo, é consenso entre nutricionistas que a gelatina não deve fazer parte da rotina alimentar das famílias justamente por ser um industrializado pouco nutritivo, conforme explicou Karina Peloi.

Basicamente, a gelatina não é considerada um alimentos saudável porque contém os seguintes ingredientes e aditivos:

  • Açúcar refinado em grandes quantidades, que não é recomendado antes dos 2 anos de idade;
  • Corantes artificiais, que podem causar reações alérgicas e estão ligados a problemas de saúde a longo prazo.
  • Aromatizantes artificiais, que podem conter substâncias sintéticas prejudiciais.
  • Conservantes, como sorbato de potássio ou benzoato de sódio, que podem ser associados a efeitos negativos à saúde quando consumidos em excesso.
  • Gelificantes sintéticos, como a gelatina de origem não natural, que pode conter aditivos ou subprodutos prejudiciais.

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A partir de que idade o bebê pode comer gelatina?

A recomendação da Sociedade Brasileira de Pediatria é que doces em geral podem ser permitidos somente a partir dos 2 anos de idade3. Portanto, a recomendação é que o bebê pode comer gelatina somente após os 2 anos (com moderação).

O ideal é que os doces não façam parte do dia a dia da criança, mesmo as maiores de 2 anos. Deixe que os doces cheguem até seu filho naturalmente, você não precisa inserir na dieta imediatamente após os 2 anos. Tanto a gelatina, como chocolates, bolos e balas não fazem falta na alimentação de ninguém

A alimentação saudável também pode ser prática e gostosa. Frequente mais a feira, descubra frutas diferentes que podem se tornar ótimos lanchinhos para seu filho. Há muitas receitas saudáveis para bebês que irão trazer muitos benefícios à saúde da sua família.

Então devo parar de dar gelatina?

Se você acha radical demais cortar completamente a gelatina da alimentação do seu bebê, permita que consuma somente nas festinhas, por exemplo. A alimentação de casa deve ser a base da criança. E, de fato, é o que vai consolidar seus hábitos alimentares para a vida toda. Portanto evite gelatina em casa.

Dê preferência a frutas na hora dos lanchinhos e até mesmo como sobremesa. A laranja, por exemplo, é uma ótima fonte de vitamina C para complementar as refeições principais. Outras receitinhas como a panquequinha de banana com aveia também são deliciosas e muito bem aceita pela maioria dos bebês. Tente fugir dos industrializados nesse fase.

Referências

  1. Sobre a gelatina – Nutricionista Karina Peloi
  2. Saiba por que os pacientes recebem gelatina no hospital – Revista Veja
  3. Guia Prático da Alimentação de Crianças de 0 a 5 Anos – Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP)

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