Antes de mais nada, se seu filho está passando pela fase da seletividade alimentar, não se sinta sozinha. Todas as crianças passam por isso, algumas tornam-se mais seletivas, outras menos.
Isso porque a seletividade é comum na primeira infância e descobrir maneiras de encarar essa fase ajuda seu filho a continuar se alimentando de forma saudável, mesmo enfrentando algumas dificuldades.
Por isso trouxemos neste artigo informações para que você entenda a seletividade e tenha opções de estratégias para lidar com esses novos desafios.
O que é seletividade alimentar?
A seletividade alimentar se caracteriza principalmente pela preferência da criança sempre pelos mesmos alimentos. Ela deixa de comer a variedade de alimentos que comia quando era bebê e não aceita mais experimentar algo novo.
É um período estressante para os pais, que se preocupam com a saúde do filho. Mas ao mesmo tempo é estressante para a criança também, que passa a ver as refeições como um momento de tensão e brigas.
Em que idade acontece?
Isso pode variar de criança para criança, mas a seletividade começa a aparecer – geralmente – por volta dos dois anos de idade.
Aos dois anos o comportamento do bebê muda em muitos aspectos. Ele descobre suas vontades próprias e já não aceita mais ser comandado pelo adulto o tempo todo.
Na alimentação não seria diferente. A criança de dois anos quer escolher o que, quando e como comer (normalmente quer comer brincando). E ser flexível é uma premissa de todas as estratégias que vamos ensinar mais abaixo.
Por isso aceite sair do controle e permita que seu filho coopere, tanto na hora da alimentação quanto nos demais momentos.
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Estratégias para lidar com a seletividade
Algumas estratégias ajudam a manter uma alimentação saudável, sem gerar um grande estresse na hora das refeições. Vamos conhecer algumas delas?
1 – Oferecer opções
Seu filho vai passar a negar várias coisas que você prepara com o maior carinho na cozinha. Então, prepare-se para isso.
Uma ideia simples que ajuda a criança a dizer sim para um alimento saudável é dar opções:
– “você quer que eu prepare feijão ou lentilha hoje?”;
– “você quer maçã, mamão ou banana para o lanche?”;
– “prefere macarrão com molho de carne ou de frango?”;
– “qual fruta você quer que a mamãe compre no mercado?”.
É claro que isso não vai funcionar 100% das vezes. E é por isso que temos outras estratégias que você deve explorar.
2 – Não deixar de oferecer
O comportamento mais comum dos pais é parar de comprar e oferecer aqueles alimentos que a criança passa a negar. Mas não faça isso.
Continue preparando e oferecendo alimentos saudáveis, mesmo que a criança negue diversas vezes. Uma hora ou outra ela vai experimentar novamente.
3 – Respeitar a criança durante a refeição
Um problema desencadeado pela seletividade alimentar é que as refeições se tornam uma tortura para a criança.
Na melhor das intenções os pais forçam, brigam, insistem e até assustam a criança na esperança de ver ela comer novamente. Mas isso só torna o momento da refeição chato e difícil para seu filho.
Então, a regra é ter paciência e respeitar esse momento da criança.
4 – Mudar a forma de preparo e apresentação
Essa estratégia funciona muito bem. Mudar a forma de preparo dos alimentos pode ajudar na aceitação e fazer com que a criança prove a comida novamente.
Se seu filho não aceita mais purê de batatas, prepare batatas assadas. Se não aceita mais cenoura cozida, faça refogada. Use temperos diferentes e varie entre assar, refogar, cozinhar ou fazer no vapor.
A forma de apresentação no prato também pode ajudar. Corte as frutas com forminhas de estrelinhas ou corações, em fatias ou quadradinhos. E os alimentos que a criança está acostumada a ver cortado, ofereça em pedaços inteiros ou maiores.
5 – Comer junto e dar exemplo
Fazer as refeições junto com a criança ajuda desde sempre. Bebês no início da introdução alimentar costumam comer mais e uma maior variedade de comida quando sentam junto aos pais à mesa e os observam comer.
Crianças agem muito por imitação, então aproveite isso. Sente-se à mesa junto e coma alimentos saudáveis com seu filho. Dê o exemplo.
6 – Deixar a criança participar do preparo
Inclua seu filho no preparo das refeições. Chame ele para a cozinha e deixe que ele veja, manipule alimentos e ajude em tarefas simples.
Com a criança envolvida na atividade de preparar a comida, há uma maior chance dela se interessar pelos alimentos e experimentá-los.
O que evitar?
Da mesma forma que algumas estratégias ajudam, existe uma lista do que não fazer. Muita atenção, pois você pode estar piorando a fase de seletividade do seu filho.
Pressão
Evite ficar pressionando a criança durante a refeição, dizendo coisas como “coma tudo para ficar forte”, “coma a comidinha que a mamãe preparou com tanto carinho”, “coma para a mamãe ficar feliz”, “coma se não vou ficar triste”, etc.
Afinal de contas queremos que a criança coma por fome e por gostar da comida e não para realizar uma vontade nossa.
Castigos ou chantagens
Pior do que a pressão descrita acima é usar castigos ou chantagens para fazer a criança comer.
Proibir de brincar enquanto não comer tudo, dizer que se não comer não vai passear ou qualquer outro tipo de punição faz a refeição virar uma obrigação chata.
Isso é tão comum que muitas pessoas chegam achar normal e aceitável. Mas pense bem, coloque-se no lugar da criança e tente fazer da alimentação um assunto leve na sua casa.
Prêmios
Outra manipulação bastante comum, mas que agrava ainda mais a seletividade: prometer doces, chocolate ou qualquer outro alimento pobre se a criança comer a comida toda.
Isso inicia um ciclo que nunca termina bem. A criança que já tem preferência por esse tipo de alimento ainda passa a vê-lo como uma premiação, assim ele se torna ainda mais valioso.
Oferecer doces como recompensa aumenta o desejo da criança pelo próprio doce, não pela comida.
“Melhor que nada”
Frase comum e muito utilizada, não é mesmo? A criança não almoça, mas depois pede um bolo de chocolate. Logo a mãe pensa “Ah, melhor que nada”.
Mas sim, era melhor não oferecer nada. Primeiro porque a criança aprende que ganha o bolo caso não coma a comida, e vai passar a repetir isso sempre. Segundo porque talvez ela não tenha comido na refeição porque estava sem fome e quando a fome chegasse você poderia oferecer o mesmo pratinho, não um bolo.
Então esqueça esse mantra do “melhor que nada” e quebre este ciclo. Dê sempre opções saudáveis caso a criança não queira os alimentos do pratinho que você ofertou.
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Mas tenho certeza de que você vai tirar essa fase de letra e ainda ajudar seu filho a manter hábitos saudáveis para toda a vida. É por isso que nosso esforço sempre vale a pena. Não é mesmo?